segunda-feira, 18 de junho de 2012

a arte como distrato social




O que não se percebe é que quando toda arte é patrocinada – de uma exposição a um desfile de moda, de um livro de poemas a uma performance, de um show de música ao grafite nas colunas de um viaduto – não se pode transgredir os limites do projeto, não se pode desapontar as expectativas das partes envolvidas, não se pode enfim romper com as cláusulas acordadas. Como se o fim último da arte fosse o estabelecimento de um contrato, num momento em que necessitamos mais do que nunca que o artístico seja objeto de um distrato social.

 

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