O Gato sem Nome é o novo lançamento de Carlos Dala Stella
Gazeta do Povo, 18/12/2007
O escritor e artista plástico Carlos Dala Stella lança seu novo livro “O Gato Sem Nome”, com uma noite de autógrafos nesta quinta-feira (20), no Espaço Cultural Beto Batata. Este é o quarto livro do autor, composto por 100 poemas, separados por dois blocos de imagens, que surgem através das partes: “A dor de Eleotério” e “Duas almas se uniram numa nuvem”.
Os dois recortes que dividem o livro, constróem imagens, lidas através de algumas páginas vazadas, primeiramente por uma lâmina de estilete e depois vazadas pelos olhos do leitor. Imagens fortes e sensíveis, que as mãos, ao virarem a próxima página ajudam a completar o poema para os olhos e o cérebro.
O projeto gráfico de Dala Stella impressionou o crítico de arte e escritor italiano Elio Finzi que leu os originais e fez questão de apresentar a obra para o grande público. No seu texto ele revela: "Este é um livro de inauguração, difícil de catalogar. Não exatamente porque a poesia de Dala Stella anda de mãos dadas com as artes plásticas. Mas pela natureza dessa relação, pela profundidade dessa simbiose. Quando se fala na morte do livro, eis que nasce uma forma diversa de tudo o que foi feito", considera Finzi, sobre o livro impresso
Serviço: Noite de autógrafos do livro "O Gato Sem Nome", de Carlos Dala Stella, com a presença do autor. Quinta-feira (20) às 19 horas. Espaço Cultural Beto Batata (Rua Professor Brandão, 678). Tel: 3262-0840. Entrada franca. Preço do livro a confirmar.
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Um livro que é uma obra de artes plásticas também
Jornal do Estado, 19/12/07
Novo trabalho de Carlos Dala Stella será apresentado ao público hoje, em sessão de autógrafos no Beto Batata
Poemas e recortes compõem O gato sem Nome é o novo livro do escritor e artista plástico Carlos Dala Stella, cujo lançamento ele faz hoje às 19 horas, no Espaço Cultural Beto Batata. Esta que á quarta obra de Dala Stella, e teve coordenação de Daniel Barbosa e co-edição de Robert Amorim, traz pouco mais de 180 páginas, com 100 poemas, separados em dois blocos de imagens: “ A dor de Eleotério” e “Duas almas se uniram numa nuvem” . O designer gráfico da produção - o tecido vermelho que reveste o papelão da capa, as ilustrações coladas uma a uma com pincel e cola branca, o cheiro da serigrafia página a página, páginas vazadas por uma lâmina de estilete - impressionou o crítico de arte e escritor italiano Elio Finzi que leu os originais e fez questão de apresentar a obra. No texto ele revela que “é um livro de inauguração, difícil de catalogar”. E segue: “Não exatamente porque a poesia de Dala Stella anda de mãos dadas com as artes plásticas. Mas pela natureza dessa relação, pela profundidade dessa simbiose. Quando se fala na morte do livro, eis que nasce uma forma diversa de tudo o que foi feito”.
Para ele, os poemas ora são aforismos, ora blocos sígnicos compactos, ora líricos e cotidianos. “Penso de não encontrar hoje outro poeta brasileiro cujo uso da linguagem resulte tão enfático e elíptico – mas não rarefeito”, pontua.
E diz mais sobre os poemas, igualmente difíceis de serem enquadrados, segundo o crítico. “Desenhos com o estilete? Baixos-relevos de papel? Esculturas vazadas? Vi o autor assoprar bem no meio desses recortes e não posso esquecer o encantamento que senti. São os dois pulmões do livro. Um forte e figurativo, outro delicado e abstrato”, comenta impressionado.