A sensibilidade delicada de PAULO VENTURELLI é peça rara no quebra-cabeças da literatura nacional. Independentemente do tema, ele toca na palavra com um cuidado e com um ardor inventivo que fazem dele um poeta da linhagem de Mario Quintana e Manoel de Barros, especialmente quando escreve ficção, como nesse A ALMA SECRETA DOS PASSARINHOS. A inspiração e o labor resultam tão imbricados que seria impossível separá-los. Em tempos de maniqueismo e barbárie, como o presente, a literatura de VENTURELLI é uma manhã de frescor em nossas vidas.