terça-feira, 26 de janeiro de 2010

tela vermelha

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A alegria do filho toca a alegria do pai
120 x 240 cm
Acrílica sobre tela
  

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

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José Castello







Quando desenho um rosto, nunca deixo de buscar certa semelhança, mas seria uma tolice reduzir um retrato a essa aspiração. Desenhar um rosto significa expressar a visão que se tem dele, visão que muitas vezes se impõe, alheia à porção mais evidente da vontade. E se não fosse assim, o que se conseguiria é a bagatela de uma caricatura.
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Um retrato realmente vivo é sempre a expressão de uma visão subjetiva - desse mistério que é um rosto, que são todos os rostos. Por isso, mais do que redundante é ingênuo dizer que um retrato guarda algo do pintor ou do desenhista. O que importa é que as linhas respirem por conta própria, e que resultem desse amálgama entre Um e Outro, que em dado momento se encontraram.
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Conheci José Castello através de um amigo. Pouco depois ele escreveu sobre meu livro Bicicletas de Montreal, no Rascunho. Seus livros e resenhas mapeiam boa parte da literatura brasileira - com uma sensibilidade e com uma agudeza intelectual admiráveis. E com uma desenvoltura no manejo da escrita de dar inveja. É sempre um enorme prazer ler seus textos críticos ou ficcionais. São fundamentais seus retratos de escritores.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A casa da amoreira






O Picasso de Edward Quinn
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Acabei de comprar num sebo de Sampa o livro Picasso à l'oeuvre, com fotografias de Edward Quinn, que acompanhou o artista entre 1952 e 1965, de Vallauris até sua última residência, em Mougins. A parte a curiosidade pelo trabalho do pintor, que continuo sentindo, comprei o livro pela qualidade das fotos, quase todas em preto e branco.

.Vendo uma boa foto em pb, sinto o mesmo que ao assistir um bom filme de silêncio: na redução de recursos de ambos está sua riqueza. Meu olho se concentra mais e como consequência lê melhor o que vê. Enxergo melhor a luz e a sombra, e intuo o que juntas elas dizem. Para além do evidente volume, as fotos pb acrescentam ao mundo uma intensidade humana cheia de nuances, segredos, silêncios - trama dificilmente captada, ou construída, pela fotografia colorida.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Paisagem


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A paisagem, esse tema recorrente na história da pintura, continua a despertar um enorme interesse, e não apenas entre os pintores de finais de semana. David Hockney é um exemplo que me vem à mente, com suas paisagens moduladas do Grand Canyon e suas aquarelas de Yorkshire.

Frequentemente uma paisagem pode ser reduzida ao esqueleto estrutural que a sustenta. Com esse desenho reduzi uma de minhas paisagens ao essencial, a essa ossatura de passarinho. Embora alguns elementos tenham ficado de fora, essa variação em nanquim da tela caminha em direção à rarefação do contexto - tema que tem despertado meu interesse há anos. Tanto no desenho como na poesia, quanto mais se tira, mais denso fica o núcleo.