Da série Sombras, à qual me dedico agora, em São Paulo. Saio todos os dias, às vezes à noite, a cata de sombras, no chão, pelos muros, nas paredes dos edifícos, nos varais... Imagino um grande livro, com dezenas delas.
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Desenhar com a câmera é uma extensão do que faço no ateliê. Com a diferença de que com ela se desenha em bloco, de uma única vez. Das mais de cem imagens que fiz, algumas vão alimentar desenhos em nanquim. O livro talvez seja isso, esse híbrido de fotos e desenhos.
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As primeiras imagens vêm de anos, mas só agora o conjunto se configurou em algum ponto de minha mente. Tem sido um prazer estar atento mais às sombras do que às coisas elas mesmas.
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