O que não se percebe é que quando toda arte é patrocinada –
de uma exposição a um desfile de moda, de um livro de poemas a uma performance,
de um show de música ao grafite nas colunas de um viaduto – não se pode
transgredir os limites do projeto, não se pode desapontar as expectativas das
partes envolvidas, não se pode enfim romper com as cláusulas acordadas. Como se
o fim último da arte fosse o estabelecimento de um contrato, num momento em
que necessitamos mais do que nunca que o artístico seja objeto de um distrato
social.
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