sábado, 16 de fevereiro de 2019
Recriações / Picasso 2
Há artistas incontornáveis. Pablito é um deles. Fecundo, exuberante, destruidor, genial mesmo nas precariedades. Gosto de pensar que o grande artista é aquele que deixa transparecer sua personalidade tanto nos acertos como nos erros. Porque alguns artistas são tão ímpares que não conseguem errar senão de modo personalíssimo. Há equívocos incontornáveis na história da arte. Tatear como um cego os avanços e recuos, as hesitações, os ímpetos camicazes desses erros permite desvelar os mecanismos mais íntimos de elaboração da obra, sem meias verdades, sem mistificação. O erro, mais do que o acerto, deixa transparecer de que ímpeto é feita a tecitura de uma tela, uma escultura, um desenho. O erro: essa mina.
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