Estas esculturas, chamo-as de poemas de madeira porque seu sentido me escapa, porque de alguma forma elas me devolvem a um espaço de essencialidade onde o mundo se resume ao rés do chão. E à delicadeza densa que há nele, simples como a madeira, como uma pedra, inequívocas.
Estas esculturas, elas são feitas de bambu, barbante, madeira, pedra e papel arroz. Quase todas foram surgindo de sonhos, de visões fragmentadas que depois tento recuperar, não como quem costura pedaços avulsos. Mas tentando sempre me manter fiel a uma impressão geral que esses sonhos causam em mim.
Estas esculturas, me surpreendo a cada instante quando trabalho nelas, com o rumo que as coisas vão tomando, imprevisto, apesar de um fio guia intuitivo que me alimenta. O sentido que há nelas, procuro tocá-lo desprovido das palavras, mas com as mãos todas dos olhos, tateantes. Com um medo tremendo que sua fragilidade se perca. E agradeço pela leveza com que elas se dão.
2 comentários:
Olá Carlos:
Muito forte e lindo o teu trabalho, parabéns! Vou acompanhar atento.
Abs
Silvio Silva Junior
Olá, Silvio
Bom saber que você gostou e vai acomanhar o blog. Se quiser conhecer meu ateliê, dia desses, venha. Grato pela sua visita e por suas palavras.
Abraço do
carlos
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