Com esse desenho de Renoir dou continuidade à série de retratos que fui compondo ao longo do tempo. Nela incluo pessoas por quem nutro grande admiração, mais ou menos conhecidas. A ideia é que esse conjunto um dia vire um livro, uma pequena exposição, quem sabe...
Mais e mais os retratos me permitem exercitar uma linha que de outra forma eu não saberia como exprimir. E a linha, uma única linha, guarda possibilidades incomensuráveis de investigação do humano. É uma pena que o desenho, especialmente o desenho de um rosto, tenha se tornado tão obsoleto no período que há décadas chamamos, sem constrangimento algum, de contemporaneidade - como se em outros tempos as pessoas não tivessem sido contemporâneas de si mesmas.
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