terça-feira, 22 de maio de 2012
sobre OS SONHOS
Hoje, quando existe na internet um portal para compartilhar os sonhos, que depois de tipificá-los em categorias que vão do sonho bom ao sonho mau promete inclusive tentar satisfazê-los através de atitudes colaborativas, as possibilidades de que nossos sonhos sonhem são cada vez mais remotas. Há sempre alguém por perto tentando nos convencer de que seu sonho, ou o nosso, é um bom negócio e portanto merece que se invista nele. Isso vale há décadas para a indústria do cinema e da música, e mais recentemente para as várias modalidades de micro-empreendedores individuais; vale tanto para quem reduz cultura a entretenimento, como para quem pretende exercer sua indignação padronizada em relação aos modelos conservadores vigentes. Ou seja, se esfarele em diversão ou se condense em crítica, o sonho acaba virando sempre um negócio, um investimento. As rotas de fuga do sonho estão obstruídas e o sonho de revolta há muito provoca riso. Momentaneamente, sonhamos o básico e ao rés do chão.
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