terça-feira, 24 de julho de 2012

Gengibre vermelho





Mais do que esboçar o trabalho final, com estudos como esse pretendo definir um ritmo, ao memo tempo que vou acostumando a mão a ele, seja usando o lápis, seja usando o estilete. E espero que a mão seja capaz de improvisar naturalmente no momento preciso. Sem esquecer os achados anteriores, como o xadrez que se deu nesse estudo em vidro do hedychium coccineum, popularmente comhecido como gengibre vermelho.

O painel de vidro, ao qual esse detalhe remete, com um ritmo que se mantém de uma planta para outra, nos melhores momentos abstratizado, ele equivale a um concerto de câmara, mais especificadamente a um quarteto de cordas. Mas com humor, dado pelos pequenos animais que vou introduzindo, quase sempre ao rés do chão. Tudo envolto em um silêncio de água, mais do que de ar, o que se deve à incidência da luz sobre as áreas jateadas do vidro. Gravar em vidro alia precisão e improviso.

2 comentários:

Anônimo disse...

a leveza desse esboço do vazio é indescritível

fernando karl

carlos dala stella disse...

Nesse momento tão saturado de tudo, tão transbordante de excessos, tua expressão "esboço do vazio" me soa certeira. Obrigadobrigado.