Não caiam nessa de anos-luz
de tempo-espaço curvo ou plano.
A verdade nada em nossas mãos
mas como fisgar a viscosa enguia
se nem os mortos o conseguiram?
Talvez para não repetir a sina
difícil e inútil dos vivos.
Amici, non credete
agli anni-luce
al tempo e allo spazio
curvo o piatto.
La verità è nelle
nostre mani
ma è inafferrabile e
sguiscia come un’anguilla.
Neppure i morti
l’hanno mai compresa
per non ricadere tra i viventi, là
dove tutto è difficile, tutto è inutile.
Poema de Eugenio Montale, Altri Versi
Tradução de Carlos Dala Stella
Algumas raras entrevistas com Eugenio Montale foram disponibilizadas na internet nos últimos anos. Em todas o poeta conjuga lucidez, concisão e ironia, sem nenhuma pose. Às vezes ele parece dialogar com sua posteridade, tratando de questões ainda hoje tão mal resolvidas, como a distinção entre poesia e prosa, encalhada há décadas na disneylândia do dialogismo da linguagem. Vale a pena conferir.
Algumas raras entrevistas com Eugenio Montale foram disponibilizadas na internet nos últimos anos. Em todas o poeta conjuga lucidez, concisão e ironia, sem nenhuma pose. Às vezes ele parece dialogar com sua posteridade, tratando de questões ainda hoje tão mal resolvidas, como a distinção entre poesia e prosa, encalhada há décadas na disneylândia do dialogismo da linguagem. Vale a pena conferir.