segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
sobre o sentido
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alegria alegria
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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CASAL ENAMORADO
(homem flauta e mulher alaúde)
vidro jateado e óleo sobre tela
88x88cm
R$ 4.100,00
(com moldura)
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O cimento e o vidro andam juntos na arquitetura desde o modernismo, com a invenção do concreto armado. Mas não nas artes plásticas. A durabilidade do cimento, com suas qualidades estruturais, quase sempre se sobrepõe à fragilidade do vidro. A consequência é essa cisão de dois materiais tão estreitamente aparentados.
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Provavelmente isso se deva, ainda que não exclusivamente, às características intrínsecas do vidro, como a transparência e a fragilidade. É como se preferíssemos empregá-lo nos vitrais a fazer dele outros usos. Soldar uma peça de cimento numa placa de vidro impõe uma série de dificuldades técnicas não resolvida pela arquitetura, embora os materiais desenvolvidos pela construção civil possam ser usados para isso. Dilatação, flexibilidade e tensão estrutural são três dessas dificuldades.
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Mas mesmo o uso do vidro jateado, essa modalidade menos artesanal da gravura, vai pouco além da mera função decorativa. É como se o olhar sobre esse material fosse quase sempre conservador. Longe ou próximo do uso que dele sempre se fez, há uma dificuldade enorme em aliá-lo a outros materiais, especialmente ao cimento, mas também ao desenho, à tela, à colagem.
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Meio que ao acaso, munido de uma enorme curiosidade, foi essa costura que me ocorreu, incialmente com três painéis de cimento e vidro, que chamei de grafismos, inspirados numa série de abstrações quase caligráficas, feitas com nanquim. Três paineis surgidos de um sonho. Só depois é que empreguei simultaneamente vidro jateado, cimento e tela. Até chegar, fazendo o caminho de volta, ao vidro jateado e colagem, ou vidro jateado e desenho. Há um mundo a explorar aí.
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Esse casal enamorado acima, jateado no vidro, nasceu há anos. A tela preta que aparece por trás está montada a 8 cm do vidro, formando uma pequena caixa. Dois outros vidros foram jateados antes, retangulares, com as figuras separadas. E instalados na casa de um casal de clientes, como pequenas janelas. Entre ambos, a tela de um de meus Ícaros, em cujo corpo inscrevi parte do poema A Torre, de W. B. Yeats. .
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Esse diálogo em camadas, separadas por um vazio, ele não é novidade. Intuíam isso os gravuristas chineses, trabalhando em matrizes novas para cada cor. Embora o resultado da impressão compactasse cada um dos fragmentos do desenho, feitos em tacos separados, dando-lhes unidade, sempre pressenti entre essas camadas, lâminas de vazio. Meu coração gosta de pensar que é nesses vazios que gravitam os sentidos.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Nona Isa
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Alugo Palavras
Alfredo Volpi
Trago pra cá mais um desenho da série Retratos. Fiz esse Volpi em 1989, mas o original se perdeu, ou anda por aí, onde não sei. Fotografei uma fotocópia guardada numa caixa de desenhos antigos. Sob os olhos, no original, as bandeirinhas eram coloridas. Usei nanquim, com bico de pena.
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010
1ª EXPO DE ATELIÊ
Convido amigos, clientes e público de um modo geral para minha primeira EXPOSIÇÃO DE ATELIÊ em Curitiba. Em 2001 fiz o mesmo em Montreal e fiquei encantado com o resultado, com os encontros, com as trocas. Abro as portas do ateliê em pleno funcionamento, lá estão as telas em andamento, os esboços, os projetos e as obras acabadas, em vidro, cimento, óleo, acrílica... a maioria destas com 30% de desconto.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
piano
Este trabalho foi feito feito com óleo sobre mdf, mais colagem com fotografias de minha série Variações Negras, nanquim preto e vermelho e lápis de cor. Cada vez mais misturo óleo e materiais gráficos, mesmo em telas de grande formato.
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Com esses desenhos e telas dou continuidade à minha série de trabalhos sobre instrumentos musicais. Cada instrumento é tema de dezenas de variações. Ela foi me ocorrendo aos poucos, especialmente depois que instalei um enorme painel de vidro e cimento em uma residência da cidade, em 2005, incluídos alguns jatos de areia sobre vidro. No futuro, gostaria de reunir esses conjuntos em um livro, inicialmente dedicado a instrumentos de corda.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
CRÍTICA/Artes Plásticas e Literatura
CIMENTAIS
Manuel da Costa Pinto
CIMENTAIS
Cristóvão Tezza / escritor
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Paulo Venturelli
Escritor e Professor de Literatura na UFPR
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Forte de Copacabana + Igreja de Mariana
.or
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Um Erro Emocional
Quinta-feira, dia 21, Cristovão Tezza lança seu novo romance na Livrarias Curitiba do Estação. Dono de um estilo tenso e altamente reflexivo, Cristovão investiga de forma cada vez mais contundente o conflito moral que subjaz às relações humanas, diga ele respeito à paternidade, à identidade artística ou ao amor. Vejo nele um moralista, não porque prescreva ou vigie a moralidade corrente, mas porque, ao contrário, permanentemente a questiona e desafia, nas situações romanescas mais diversas, analisando-a com uma lucidez que só os vacinados contra o lugar-comum possuem.
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terça-feira, 12 de outubro de 2010
Sombras de Santa Felicidade à noite
sábado, 2 de outubro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Sonhar pontes
Só há uma forma de romper o exílio da subjetividade, e não é para fora, mas para dentro, onde os limites camuflam os grandes precipícios, intranspostos ainda. Ah, a alegria de sonhar pontes!
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sábado, 25 de setembro de 2010
A abstração vívida de uma linha
Abrindo o calendário, um sétimo desenho representava um tinteiro, a tampa meio levantada. Dentro dele, personagens de cada um dos romancistas estão mergulhados em sua própria realidade ficcional, alheios uns aos outros. O que os une é o fundo preto, representativo da tinta nanquim, e, naturalmente, o fato de estarem todos confinados no tinteiro. Cabe ao personagem de O Coronel e o Lobisomem a iniciativa de abrir a tampa e pôr a cabeça pra fora, esticando o braço com uma gaiola.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Quarteto de Cordas
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